"Quase Kasher" nasceu clássico. Ambientado na Antuérpia da pandemia, o jornalismo literário capta aqui tons poucas vezes retratados. Até dezembro de 2019, a autora desfrutava do auge do prestígio literário, depois do sucesso de “Mazal Tov” (publicado pela AzuCo em 2023). Com a agenda tomada por lançamentos e conferências, ela se tornara a escritora preferida da Rainha Mathilde. Mas aí vem 2020. O lockdown castiga a vida judaica enormemente. No Distrito dos Diamantes, as sinagogas estão fechadas. Nunca se vira isso desde os anos 1940. Cancelam-se festas. Não há quórum (minian) para orar. As exceções ficam restritas aos funerais. Os judeus ortodoxos se insurgem contra os protocolos. Para eles, a morte é prerrogativa de Hashem, do Altíssimo. Como perpetuar a tradição do Shabat sem a família em volta da mesa? Para a autora, um drama se soma ao outro. O marido é diagnosticado com câncer. E se pegar covid? Há dor, mas há esperança. Dan Zollmann, fotógrafo e autista, ajuda-os como pode. Confinado em si mesmo desde sempre, ele entende de isolamento. As amigas Naomi e Dahlia mimam o casal com guloseimas. Os rabinos oram por Martinus. Por trás da calma, tudo é belo e intenso. "Quase Kasher" é um primor de literatura jornalística. Traduzido diretamente do neerlandês, são 376 páginas de uma viagem a um mundo cheio de tabus e superstições, mas também de beleza e humanismo, como já não imaginávamos existir.
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